quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O Maior Jamboree de Sempre: Sucesso Total!


Fotos de: Scout Association
Em 2011, encontro marcado na Suécia!

Com as tropas lusas já em casa - ou a caminho, é hora de guardar as memórias num qualquer lugar para que, cada um à sua maneira, não se esqueça deste 21º Jamboree Mundial.
Ao deixar Hylands Park rumando, cada um, para as nossas casas, para os nossos Grupos ou Agrupamentos levamos connosco a obrigação cumprir com a promessa feita: construir um Mundo melhor!

Deixei por aqui as experiências de cada um, como viveu, o que gostou mais, o que gostou menos e o que nunca mais vai esquecer.

21 comentários:

Anónimo disse...

foi um grande jamboree
so e pena ser a AEP sempre a aparecer e ser glorificada.

mas eu percebo como voçes sao mt pouco reconhecidos e nao tem metade do prestigio do CNE necessitam de se glorificar.

a AEP so tinha 40 participantes demos os parabens ao CNE que levou tantos elementos...e com a realizaçao do acanac ao mesmo tempo

obrigado

Chefia do Contingente de Portugal disse...

Os Parabéns vão certamente para TODOS os participantes.

Não acredito que qualquer dos elementos responsáveis pela actualização do Blog (que pertencem às duas associações) tenham feito qualquer tipo de distinção no tratamento das postagens.

JAP disse...

Parabéns a TODOS os participantes, porque tornaram sem dúvida as vossas vidas mais extraordinárias.

Parabéns ao Staff do contingente que nos foi mantendo, aos que ficámos por Portugal, actualizados e a "beber" um pouco do sonho e do que vocês viviam. Se isso foi importante para os Escoteiros que cá ficaram, foi concerteza ainda mais importante para os pais que quiseram ir acompanhando.

Belíssimo trabalho, parabéns! o Escotismo português (com O, com U e com as outras letras todas) saiu dignigficado!)

Anónimo disse...

"O maior Jamboree de sempre", concordo. "Sucesso total", talvez não.
Foi realmente uma actividade inesquecível!!!
Gostei, adorei, amei!!!
Foi um acampamento incrível com um espírito espectacular, e que fez com que chegássemos a Portugal muito mais ricos, com mais experiência escutista e de vida.

De entre as poucas coisas negativas desta actividade destaco aquilo que o contingente português forneceu a cada participante. Antes de chegar ao acampamento não tinha a mínima noção se as coisas que nos deram eram muitas ou poucas, mas quando lá cheguei e vi ecuteiros com tendas, lenços, mochilas grandes, e pequenas, entre outras coisas... e tudo comemorativo do Jamboree e com o nome do respectivo contingente.
Era ver os escuteiros dos outros países todos identificados, e os belos dos portugueses com uma tenda de cada cor, mochilas todas diferentes.............
Enfim, um leque de coisas que nunca mais daqui saía!

Apenas vos queria dizer que foi realmente desgostoso ver todos os outros escuteiros com equipamentos do próprio país, e nós com um 5º lugar tão honroso, levámos tanta gente... mas tão mal equipada!
É pena! Se calhar... é... à portuguesa...!

Canhotas amigas
Miguel Santos

Chefia do Contingente de Portugal disse...

É uma questão a equacionar no futuro. No entanto, importa não fazer comparações entre o que se pode esperar quando se pagam 40 euros (foi o que cada participante português pagou) e os 300 dolares que pagaram os brasileiros ou os 2200 dolares que pagaram os americanos. Há coisas que não se podem comparar...

Estes valores são fáceis de encontrar na Internet.

Nuno Perestrelo disse...

será que foi um sucesso tão total assim?
sinceramente, acho que não.
demasiadas contradições. onde teve o escutismo, neste jamboree?
será que o lema da actividade foi mesmo "um mundo, uma promessa", ou antes "uma libra, uma promessa"?

há muito por onde ir, falar e explorar. e acho que era importante, para nós, escuteiros/escoteiros portugueses, termos uma actividade de reflexão sobre aquilo que lá vimos, sobre aquilo que lá se passou. eu sugeriria um acampamento só entre os adultos portugueses presentes no jamboree, num sítio e data onde todo o pessoal pudesse comparecer.

faço ainda outras duas sugestões: pensem em drave (para uma eventual actividade), e apresentem as contas do contingente, porque pareceu-me haver mais gente descontente com a questão dos 40€ do que seria normal. eu sou apenas mais um; sobretudo quando sei de pessoas doutros países que não pagaram nada, ou quase nada, aos contingentes e tiveram direito a muito mais material de contingente do que nós, que pagámos 40€ que não são um valor assim tão baixo e dariam para bem mais do que uns distintivos, uma fivela, e umas 2 ou 3 t-shirts de contingente (sim, porque o resto era pura publicidade/patrocínio).

é tudo.
por favor, pensem na tal actividade. uma reflexão sobre este jamboree é mais do que urgente, se ainda nos consideramos escuteiros.


canhotas amigas

Nuno Santos,
caminheiro do 1238-Pinhal de Frades

Anónimo disse...

Só foi pena não ter existido um acompanhamento gradual da actividade por parte dos nossos correspondentes. E não era preciso ser diariamente. Outra elemento a ter em atenção é a escrita. Uma revisão dos textos por uma segundapessoa não deve fazer mal, nem ocupar muito tempo.

Estava a espera de mais do blog.
E verdade seja dita, as postagens têm uma tendência associativista (AEP). Há que ter cuidado com o tratamento da informação.

Maior Jamboree de Sempre??? Acredito que sim, mas não me venham falar de escutismo ou até mesmo do centenário do movimento. Onde esteve o Escutismo nesta salganhada toda???

Eu aproveitei ao máximo, fiz por isso, conheci muitas pessas, novas culturas. Sorri, chorei ... enfim mais um encontro internacional que vai deixar muitas saudades!!!!

Jambooooooo
Daniela

Chefia do Contingente de Portugal disse...

1. A participação dos jovens correspondentes foi (como tudo no escutismo) voluntária, e tinha como condição prioritária não prejudicar a participação nas outras actividades. Daí que a prestação dos jovens correspondentes foi a possível, aliás dos 20 jovens inscritos nesta secção é fácil ver quantos acabaram por participar.

2. Os textos foram escritos em teclado inglês, sem acentos nem cedilhas... daí muitos dos "erros" que possam existir. Por outro lado, foi dado aos jovens correspondentes o acesso total ao blog de modo a que pudessem colocar as suas notícias sem "vistoria" prévia. A todos os que pediram ajuda foi dado o devido acompanhamento e sugeridas as alterações consideradas adequadas. Os erros que possam ainda subsistir nos textos dos que não quiseram partilhar os seus trabalhos antes da publicação são o resultado da qualidade (ou falta dela) da sua escrita.

3. Pelo que anteriormente foi dito, as postagens reflectem apenas a visão de quem as escreveu e nada mais do que isso.

4. De facto, tal como já havia sido avisado previamente, as actividades foram muito diferentes do que habitualmente fazemos em Portugal. Isso apenas serve para reforçar a grande variedade de formas de viver o Escutismo.
Aliás, o Escutismo está (ou não) presente no Método e não nas actividades propostas, pelo que a forma como cada Tropa encarou as propostas da organização é que dirá se o fizeram aplicando o método escutista ou encarando o Jamboree como uma "colónia de férias".

Anónimo disse...

Mesmo os 40 euros, para o que foi, foi demais, a fivela do cinto já fazendo contas por cima e a dobrar, por foram feitas provavelmente em grande quantidade o que diminui o seu custo, no máximo custou 10 euros.. o que sabemos que é muito por cima...
As t-shirts eram todas feias... mas enfim é o mais barato se não até gratuitas como a do oceanário e força Portugal.. mais Pins, Distintivos de contigente e a horrorosa cueca Portuguesa, outros 10/15 euros...
Para onde foram os restantes 15/20 euros.. não nos podemos esquecer que é a multiplicar por 1483..
40 euros vezes 1483, se a calculadora não falha 59320€...

Para onde foi todo esse dinheiro...

É só uma questão partilhada por todos os ist e participantes com quem me cruzei...

De resto o jamboree foi excelente
Embora faltou uma certa mística escutista.. mas também no meio de tanta gente com tantas formas de ver escutismo ou escotismo... não podemos levar a mal...

Canhotas
David Frango
714-Albufeira

Anónimo disse...

JAMBO-Hello

olá a todos.
Eu concordo com toda a frase: "O Maior Jamboree de Sempre:Sucesso Total", por uma simples razao que ninguem pode duvidar: no momento em que estavamos no dia 1 de Agosto de 2007 de manha, a renovar a nossa promessa, toda a gente sentiu um mar de emoçoes a invadirem-se pelo corpo (e nao digam que e mentira).
Naquele momento a sensaçao que mais abundou em mim foi a certeza que é aqui que eu pertenço, no Escotismo(com O ou com U tanto dá pois nos fomos pela Federaçao Escotista/Escutista de Portugal e nao como AEP ou CNE).
Este sentimento é unico e, por mim, bastou isso para dizer que foi "O Maior Jamboree de Sempre: Sucesso Total". E nada é perfeito e há e vai haver falhas, e ainda bem que existem pois sem elas nao haveria vida xD (para bom entendedor meia palavra basta)

Agora respondendo ao caminheiro Nuno Santos:
É necessário pensar que nao foram só as T-shirts e a tudo isso que tivemos direito. Os membros da chefia de contingente teriam que se deslocar, e fazer grandes deslocaçoes isso garanto. Depois todos os materiais para os atelies, tudo o que estava no pavilhao de Portugal e tudo o que pertencia a Portugal foi necessario pagar. Acho que assim ja compensam os 40€.

Para todos especialmente membros da CNE:
Como disse anteriormente, para o Jamboree foram membros da Federaçao Escotista/Escutista de Portugal, nao a AEP nem a CNE.

Para nao se realizar um ACNAC da AEP e bem possivel que o motivo seja que é de 4 em 4 anos e 2007 nao era um desses anos.

Como toda a gente sabe havia chefes da AEP como chefes da CNE na Chefia de Contingente.

É tudo o que tenho a dizer.
Fortes canhotas,
Suricata JAVA Tropa 16 AEP

Anónimo disse...

Java, não gosto de ti... Não deixaste grande coisa para eu reparar. =P Mas tens razão. Foi um excelente Jamboree embora haja algum reparo sempre a fazer, da minha aprte houveram poucas actividades para juntar o pessoal de diferentes paises assim misturados. Mas é muito dificil fazer uma actividade daquela magnitude de uma maneira perfeita. Gostava que o restante pessoal do CNE pensasse que nós estivemos em Inglaterra como o Contingente português e não como o CNE e a AEP. Acho que o sentimento de irmos como Federação Escotista/Escutista Portuguesa ficou bem interiorizado nos participantes da AEP, e eu saberei disso porque estive presente.

E agora dirijo-me ao primeiro Coment: João, o facto de a AEP aparecer nos videos do youtube e etc será coincidência. Concerteza que haverão mais videos e de certeza que em alguns deles nem verás nenhum participante pertencente à AEP, já que pareces tão esperançoso disso.

Já agora, gostava que considerasses essa tua observação de mau gosto acerca da necessidade da AEP se glorificar. Conheço participantes ambas as associações que discordam de certeza do que disseste, e sei que tanto há bons escoteiros/escutas como maus ou assim-assim, quer na AEP que no CNE, não há como negar. Sendo que o CNE em Portugal tem mais associados e mais agrupamentos que a AEP, só seria de esperar que houvessem mais participantes no Jamboree, ainda que tenham tido o ACANAC simultâneamente. Mas nunca ouviste dizer que a quantidade não precisa de ser sinónimo de qualidade?

Já agora queria expressar aqui os meus sentimentos a qualquer escuta do Agrupamento da Silveira, que são da minha região, mas ainda nao tive oportunidade de falar com nenhum dos que ia ao ACANAC.

Boa Caça a todos


Sempre Pronto
Rui

Anónimo disse...

Bom dia!

Se foi ou não um grande sucesso é o que vamos ver quando se fizerem as competentes e necessárias avaliações! Não me parece lícito colocar uma frase " o maior jamboree de sempre: sucesso total"! Há uma avaliação para se fazer com todos os que foram ao jamboree!
Nessa avaliação tb se opinará sobre a acção da chefia do contingente Português!
Não quero pensar que a chefia do contingente já fez a sua avaliação!
Aguardo serenamente a marcação da avaliação!
Canhota amiga.

Chefia do Contingente de Portugal disse...

Sim, o título até poderá ser algo exagerado. Nesta fase não daria demasiada importãncia à frase que não é mais do que uma manchete, com o que isso sempre tem de subjectivo.

A sua colocação não espelha mais do que a total liberdade criativa que a Chefia do Contingente deu a quem se disponibilizou para colaborar nesta área. As notícias contidas no site são, obviamente, da responsabilidade de quem as assina.

Anónimo disse...

Tocando na ferida... até gostava de saber como é que a organização chegou aos mil e muitos scouts de portugal... quando toda a gente sabe que a AEP levou cerca de 40/50 e o CNE cerca de 850!
Certo é que para a história ficará os tais mil e muitos...

Anónimo disse...

Ainda gostava de saber quem é o chefe do contingente do CNE!
Que tem um email...muito conhecido, toda a gente sabe, mas ninguém conheceu a pessoa, nem cá, nem lá!
Agora também não faz falta!
Depois critiquem a AEP...por isto, por aquilo...

Anónimo disse...

Tenho que dizer à Chefia do Contigente, que ouvi alguns reparos no que toca ao exagerado numero de pessoas ( dirigentes portugueses)que se encontravam na tenda lusófona... aparentemente sem terem tarefas visíveis!
Será que têm razão?

Chefia do Contingente de Portugal disse...

Todos os comentários que respeitem as regras básicas de cortesia são bem-vindos e têm sido admitidos. No entanto, pede-se o favor de assinarem as mensagens que enviam para o blog.
Obrigado.

joeindian disse...

A blogosfera tem essa grande vantagem de permitir o anonimato. O anonimato, por sua vez, permite o exercício da cobardia que é um defeito humano, mas não da blogosfera. Há também variadíssimas formas, mais ou menos apropriadas das pessoas fazerem chegar as suas opiniões aos autores de um post. Quem publica comentários anónimos pode por exemplo, enviar um email ao autor do post em questão, se ele estiver disponível, identificando-se devidamente e obtendo a resposta pretendida.

Depois de algumas considerações sobre a blogosfera, gostaria de dizer que alguns dos comentários feitos fazem todo o sentido:

1) Sim, é bom que se valorizem diferenças sem que delas se faça cavalo de batalha (em relação ao escutismo português e ás práticas noutros países)

2) Sim, é bom que a Chefia de Contigente, no âmbito da Federação Escotista de Portugal, apresente relatório e contas e que as respectivas associações as façam chegar aos interessados, por uma questão de princípio.

3) Sim, é bom que cada um compreenda que se pode fazer muito mais pela representação portuguesa, que por acaso, tem dirigentes assumiram a sua chefia. Contudo, todos fomos responsáveis por essa representação.

Paulo Pereira disse...

Boa noite,

Sendo este o Blog do Contigente Português, decidi passar por aqui, e deixar o meu testemunho acerca, daquele que se não foi o melhor, foi certamente o maior jamboree de sempre.
É-me, no mínimo, difícil imaginar a responsabilidade, e coordenação de esforços, exigida, para montar uma actividade realizada para 40000 escoteiros vindos de todo o mundo. A logística necessária, é algo de muito complexo, e trabalhoso. Antes de avançar, queria deixar por isso os meus sinceros parabéns à organização do acampamento, que deu a cara, e aceitou o desafio de realizar o maior jamboree de todos no seu país. O escoteiro, é, e sempre será um voluntário. É preciso que as pessoas se lembrem que muitos dos chefes presentes nesse acampamento, abdicaram das férias de verão com as suas famílias, filhos, esposas, etc, para que este jamboree se pudesse realizar. E não pensem que o trabalho só durou aquelas três semanas… Há chefes que estavam envolvidos na organização há anos... Tudo isso, consome energia e tempo de um voluntário, que na maioria dos casos, voltou directamente para o seu emprego sem ter tido as suas merecidas férias, mas satisfeito por ter dado o seu melhor.
Sempre achei que não há nada mais forte que o coração de um voluntário, que é capaz de forma altruísta, abdicar de algo seu, em prol do próximo, ou necessitado. No entanto, como voluntário que sou, há mais de 10 anos, sinto-me um pouco triste, quando vejo espelhada nas palavras dos meus conterrâneos o espírito mesquinho e pouco construtivo que este nobre povo sempre nos habituou. Podemos ser um país pequeno, de brandos costumes, mas não devemos ser um povo pequeno. A nossa mente não deve estar confinada à crítica e depreciação, do trabalho de voluntários, que nunca foram pagos para fazerem o trabalho que fazem. Dir-me-ão, mas se não o sabem fazer bem que não o façam. Quem os quiser substituir que dê um passo em frente. Sim, porque É necessário alguém para o fazer. Quero ver se são assim tantos. Tenho a certeza que sendo escoteiros deram o seu melhor, e quem assim o faz, a mais não é obrigado…
Fico no entanto ainda mais triste ao ver que no meio destas picardias habituais, se esqueçam do principal objectivo deste jamboree. Um acampamento mundial para jovens escoteiros. Uma oportunidade sem igual de contactarem com uma pluralidade que só encontramos num jamboree. Será que não são eles o nosso objecto de preocupação? Afinal não é por eles que nós nos voluntariamos? Pensem no assunto. Tentem ver o acampamento da óptica de um escoteiro participante, apontar as falhas, bem como as partes positivas, não esquecendo porém, sugestões para as falhas, e para melhorar o que por ventura já é bastante bom, mas que pode ser sempre melhor.
Quanto à minha opinião sobre o WSJ2007, vou recorrer a uma notícia já publicada por mim noutro site.
“É-me dificil resumir numa notícia com sentido para os leitores toda a experiência que é um jamboree, em especial o da comemoração do centenário do escotismo. Quem lá esteve certamente concordará comigo neste ponto. Vou no entanto dar o meu melhor e destapar o véu daquilo que muitos dizem ser “o acampamento”.
Depois da chegada, dirigimo-nos para o aeródromo onde se fazia o check-in. Todos identificados, já com o lenço de IST ao pescoço, lá seguimos para o local do jamboree, Hillands Park, não muito longe dali. Tinha chovido durante o dia, de modo que as condições do terreno já não eram as melhores. Já havia bastante lama em bastantes sitios. A organização achou por bem que pernoitassemos a primeira noite dentro de uma das tendas grandes da organização, e assim o fizemos. No dia seguinte o sol já raiava, e montamos as tendas nos sitios definitivos. Apresentamo-nos ao serviço, e de seguida fomos fazer uma visita pelo campo.
O campo era, à falta de palavras melhores, gigante. Para poderem imaginar, atravessar o acampamento de um lado ao outro levava cerca de 30 a 45 minutos de caminhada.
Os primeiros dias foram passados a montar infraestruturas necessárias para a realização de inumeras actividades, e a preparar os ateliês nas world villages para receber os participantes.
Os escoteiros começaram a chegar na noite de dia 26, mas foi dia 27 que chegou a maior parte dos participantes. Conseguem imaginar a logistica necessária para mover cerca de 32000 jovens para a área do acampamento, e atribuir o local certo a cada tropa? Estiveram involvidos mais de 8000 IST’s e centenas de viaturas para que tudo isto fosse possivel.
Os nossos escoteiros sofreram um precalço, e dormiram no aeroporto. Mas no dia seguinte, a moral continuava em alta, e o entusiasmo de ter chegado ao local do acampamento extravasava. Durante a viagem, as amizades que se tinham feito nas actividades prévias já se fazia notar, pelo que o espirito de grupo já era bastante forte.
Chegados ao subcampo, de nome Mangrove, e depois de atribuidos os lugares, montaram-se as tendas. Já havia outros escoteiros de outros paises no subcampo, pelo que logo ai, se fizeram novos amigos.
As cerimónias de abertura foram no dia 28, e a partir deste momento os participantes tiveram o primeiro contacto com outras culturas, outros povos, e concerteza fizeram muitos amigos novos. Na cerimónia de abertura, desfilaram todas as bandeiras de todos os paises representados no jamboree. Mais de 150 paises, o que traz uma riqueza de costumes e tradições, tipicas de cada povo, simplesmente inimaginável.
Durante 13 dias, os escoteiros participaram de actividades divertidas e estimulantes, entre as quais, a visita a Gilwell Park (onde houve actividades preparadas especialmente para o jamboree), o programa Splash (consistia de actividades na água), o Starburst (programa de acção comunitária), o trash (que desafiava a criatividade com o lixo), as world villages, entre muitas outras actividades e celebrações, mais pequenas mas não menos divertidas. As world villages, onde acabariam por passar dois dias do acampamento era quase que uma amostra internacional de costumes e tradições. Cada país mostrava um pouco de si, realizando jogos, trabalhos manuais, culinária, cantigas, danças, etc, numa diversidade cultural sem par.
Não havia tempos mortos no jamboree, porque mesmo nas paragens para descanso, se faziam novos amigos, ou se descobria um jogo novo para fazer, ou distintivos para trocar.
No meio disto tudo, o dia 1 de Agosto, foi bastante diferente, porque foi o dia da comemoração do amanhecer do escotismo. Nesse dia todas as pessoas se levantaram bastante cedo de modo a que pelas 8:00 da manhã, todos, sem falta, estivessem na arena central. Houve também outra particularidade, que foi só existirem bandeiras do Bureau mundial, ao invés de um colorido indescritível de bandeiras de todos os países. Um sinal de que somos uma gigante irmandade unida num comum Ideal. Houve mesmo alguns sortudos que dormiram fora do campo, numa ilha que tem algo de especial para todos os irmãos escoteiros, Brownsea. Pelo menos um escoteiro de cada país teve essa honra. A cerimónia oficial teve exactamente as 8h da manhã, o momento pelo qual todos ansiamos bastantes dias. Ao terceiro soar da Trompa Kudu, 40000 escoteiros renovaram a sua promessa, na sua língua mãe. Não há palavras para descrever este momento. Foi na minha experiência pessoal, comovente. Nada mexe mais dentro de nós, do que sentir tamanha força da juventude a afirmar a sua prontidão para a tarefa de tornar este mundo um mundo de todos nós. Sentir que fazemos parte desse grito a favor de uma humanidade unida em paz e harmonia é um incentivo gigante para o nosso espírito, o que nos motiva a continuar cada vez com mais força. Foi também distribuído um lenço comemorativo do sunrise day, com o objectivo de conseguir mais de 100 assinaturas nele. Depois da cerimónia oficial, durante todo o dia, houve actividades relacionadas com o centenário das quais os escoteiros podiam participar. À noite também houve festa, desta feita musical, em que algumas bandas bastante conhecidas compareceram. A tropa da AEP esteve lá, e a noite foi bastante divertida.
Por fim, e porque tudo o que é bom tem um fim, dia 8 foi o dia da cerimónia de encerramento. A chuva prometia estragar a festa, de modo que o traje oficial era impermeável completo. Mostrou-se timida perante uma plateia de mais de 40000 escoteiros, e decidiu não estragar a festa. Depois de vários números fantásticos que representavam diversos subcampos, muitas danças e músicas, foi entregue a bandeira do bureau aos representantes da Suécia, marcando assim o ínicio da contagem decrescente para o jamboree de 2011 a realizar na Suécia, e o fim do jamboree 2007 de Inglaterra.
Eu teria de escrever um livro, e mesmo assim penso que nunca conseguiria transmitir tudo aquilo que vivemos neste jamboree. É preciso vive-lo, e preciso ter estado lá, para realmente perceberem aquilo que sentimos. Foram mais de 150 países, o que representa 150 culturas diferentes. A diversidade cultural é demasiado grande para a conseguirmos descrever. Desde comida, aos horários, à indumentária, etc.
Todos diferentes, mas todos estavamos unidos por algo que tinhamos em comum, o escotismo, e mais concretamente numa promessa, seguindo o tema deste jamboree “One World, one Promisse”. A promessa de tornar este mundo melhor, a promessa de não desistir de o fazer, a promessa de sempre, e para sempre, pensar nas gerações vindouras, que vão viver com aquilo que nós deixarmos para trás, a promessa de construir um mundo em que todos vivam em paz e harmonia. A promessa de construir um mundo de todos nós.
Da minha parte, fica a promessa de incentivar mais escoteiros para que daqui a 4 anos, possamos ir em maior número ao jamboree, para que cada vez mais pessoas possam contactar com aquilo que é uma realidade, maior do que o nosso país, que supera credos, raças e fronteiras, uma realidade universal, que é o escotismo, movimento do qual todos fazemos parte.

Espero que este muito singelo texto tenha servido para despertar a curiosidade em muitos de vós, os quais eu desde já desafio a que venham falar comigo ou com qualquer um dos que foram ao jamboree para que possam saber muitas mais histórias.
Aos que foram ao jamboree, espero que tenha relembrado algo ainda muito fresco na memória, e que por lá vai ficar uns anos.

Bom Ano, e Boa Caça
Lobo Cinzento”

A liberdade de expressão deve ser utilizada de forma cívica, e como uma ferramenta construtiva, e não como uma ferramenta de demagogia, que só cria caos no sistema.

Na esperança de não me ter alongado em demasia, me despeço.

Fortes canhotas e Boa Caça para todos os irmãos escoteiros da Federação Escutista Portuguesa

Anónimo disse...

por falar em cobardia, o joeindian não assinou o que escreveu!

Anónimo disse...

Quando à organização do jamboree, apesar de haver situações, das quais não concorde, tenho de assumir que foi uma grande organização! Sem dúvida!

Agora, não podemos deixar de fazer a nossa análise interna, nem podemos deixar que mais uma vez fiquem as coisas da mesma maneira que têm ficado no final das ultimas actividades internacionais!

Ou seja, sem a avaliação!

Gosto muito de ler comentários ditos "construtivos" , mas que de construtivos nada têm!

É obrigatório fazer a avaliação!

Onde estão os "pedagógicos" ???

Do projecto..não faz parte a avaliação?

Temos de olhar para o presente, analisá-lo, para podermos pensar no futuro!

E o futuro é 2009 e 2011!
Agora, fazer de conta que nada se passou...é que não!

Para quem trabalhou duro, isto não é preocupante!

Lembrem-se que todos os scouts que foram ao Jambo, também trabalharam... e há muitos dirigentes que tb o fizeram ..e com muito sacrifício!

Como podemos preparar 2009 e 2011 ?

Será que no próximo roverway e jamboree vamos ter de partir novamente pedra ?

Será que vamos ter de fazer tudo de novo, como se fosse a primeira vez ?

Chefe Meireles